segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A mulher e suas obrigações na Idade Média



A Idade Média ocorreu durante a transição da Antiguidade Clássica (século V) e o Renascimento (séculos XV). Essa parte da história ficou conhecida como a Idade das Trevas ou longas noites de mil anos”. Sua principal característica, era a divisão da população em três grandes grupos: “Oratores” (clero), “Belatores” (nobreza) e os “Laboratores” (camponeses), baseada na segunda epístola de São Paulo aos Corintios. Assim como os homens, as mulheres estavam presentes nos três grupos, nos quais possuem obrigações e deveres.
Apesar das participações presentes nas três “classes Sociais”, elas possuíam papeis muito distintos. A mulher camponesa possuía um trabalho braçal, as nobres um trabalho administrativo, porém as mulheres presentes no clero não podiam receber cargos altos, pois eram destinados apenas aos homens. Assim as suas obrigações nos mosteiros eram muito parecidas com a da mulher da nobreza, cuidar da “casa”, ser professora ou copista.
Foi uma época marcada pelo reconhecimento de grandes homens. A mulher era reconhecida apenas por sua obediência e submissão aos homens. Porém algumas mulheres também tiveram papeis importantes nessa época.
Elas eram consideradas como o motivo ou objeto portador do pecado. Como se fosse a “porta” de entrada para o demônio. Isso só mudava quando eram virgens, mães, esposas ou quando viviam em conventos. Quando casadas, não podiam vender seus bens sem o consentimento de seu marido.
 
       O dever primário de uma mulher nobre era sustentar as crianças e comandar os negócios caseiros de seu marido. Elas supervisionavam as despesas da casa, entretiam os convidados e tomavam conta dos empregados domésticos.
Elas também tomavam conta das propriedades na ausência de seu marido. Em tempos de guerra, ajudavam a defender o castelo. Em seu tempo livre, gostavam de caçar, jogar xadrez, cavalgar e ouvir músicas e histórias de viajantes e cantores chamados trovadores. Muitas eram altamente educadas, letradas e multilingues.
 As mulheres nobres se dedicavam, também, aos estudos.              
      A vida das mulheres camponesas era cheia de trabalho pesado. Elas acordavam cedo e tomavam um café da manhã simples, tipicamente contendo um grosso ensopado chamado guisado. Quando amanhecia, começavam a cuidar dos pequenos animais da família, como gansos e galinhas, cuidar da orta e colher bagas selvagens (tipo mais comum de fruto carnudo simples) e ervas. Faziam suas próprias ervas medicinais, lã, pano e roupa.
Quando não estavam cuidando das necessidades de sua família, trabalhavam no castelo do senhor feudal como empregadas ou ajudantes de cozinha.
Camponesas trabalhando na lavoura  
        No século XII, a imagem de Maria (mãe de Jesus), se impõem na sociedade. Através do culto mariano (culto de louvor á mãe de Jesus)  que tem início no século XI no Ocidente. A intensa valorização da imagem de Maria na Idade Média, intensificou a presença feminina na religião. Tendo em vista a sagrada da Virgem Santa, a figura de Maria Madalena também era colocada como uma possibilidade mais acessível aos cristãos daquela época. A mulher poderia se arrepender dos seus pecados e, desse modo, se firmar como uma figura positiva.


A coroação da rainha era tão prestigiada quanto a do Rei. A última rainha a ser coroada foi Maria de Medicis em 1610, na cidade de Paris.
                                        
No fim da antiguidade, a figura da mulher era colocada, em muitas ocasiões, em situações de superioridade em relação ao homem. Em muitas culturas, a mulher era vista como capaz de realizar encantamentos e receber favor.
A religiosidade da época perseguia as mulheres para que se pecassem, como por exemplo o adultério, seriam condenadas a pena capital ‘pena de morte’ ou a outros castigos, pois a igreja impunha suas doutrinas rigorosas desde o modo de se vestir, falar e se portar em meio a sociedade e interviam para fazer casamentos arranjados.
Caso alguma mulher se colocasse contra os pensamentos da igreja, eram consideradas bruxas e utilizavam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias e detentoras do conhecimentos da natureza e as vezes ate de magia, as mulheres que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades, doenças ou machucados eram julgadas como pecadoras, pois, no ponto de vista da igreja católica, elas profanavam contra as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja e com isso, várias mulheres foram perseguidas e acusadas de feitiçaria ou bruxaria e  foram mortas pela prática de suas crenças e cultura.
Haviam outras formas de tortura para as mulheres. Os castigos aplicados as mulheres “sujas” e pecadoras eram horríveis. Algumas são levadas para a fogueira, na maioria das vezes quando são acusadas de bruxaria, outras são torturadas até a morte.
Essas formas de castigos também se aplicava aos homens, quando ousavam desobedecer ou questionar alguma ordem ou palavra da Igreja.   

Suposta bruxa na fogueira.                               

 
 Castigos aplicados aos que desrespeitavam a Igreja e suas ordens.
  Outra forma de tortura.
       
Apesar de ter sofrido vários tipos de preconceitos, as mulheres conseguiram um lugar na sociedade e a partir disso foram ganhando cada vez mais espaço. Muitas delas foram muito importante para o progresso da sociedade medieval.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A função da mulher na sociedade greco-romana e na sociedade atual


A mulher era vista com certo preconceito em relação aos homens, que as classificavam como um ser mais frágil, com a “função” de somente gerar filhos e dar continuidade à raça humana. Com ideais de liberdade trazidos pelos gregos, a mulher passou a viver uma situação diferente, demonstrando sua força na sociedade. Mudando a ideia de que elas sempre foram excluídas da sociedade e dos meios de conviveu em geral. Elas não tinham o direito de votar nas assembleias gregas e romanas que conduziam à política da sociedade, pois não possuíam a cidadania ativa.
Sendo suas únicas funções fornecer o prazer ao marido, gerar descendentes e os afazeres domésticos.
Salles (1987) dizia que havia três tipos de mulheres: as esposas, as concubinas e as prostitutas.
As esposas eram aquelas que ficavam restritas as famílias (gineceu). Assim não tinham contato com outros homens que não fossem de sua família. Sua tarefa era gerar e criar filhos legítimos e cuidar da casa.
Já as concubinas eram as mulheres que ajudavam os seus senhores nas tarefas diárias (escravas ou livres).
As prostitutas (cortesãs) também denominadas na época de “loba(s)” pelos romanos que visava satisfazer os prazeres, e assim preservando” o casto das mulheres livres (esposas e filhas de cidadãos) em casas “licenciadas”, os locais que eram chamados de (lupanares). As mulheres dos lupanares eram divididas, as mais belas era chamadas de hetairas e chamavam muito a atenção dos filósofos que desfrutavam de amores e paixões que acabava virando inspiração tanto para os filósofos e artistas da época que também acabavam participando de eventos importantes como: banquetes e debates filosóficos.
É importante ressaltar que no caso das esposas, os maridos tinham a obrigação de garantir a proteção e respeito de sua mulher.  E se o marido viesse a falecer, elas perderiam a condição, de esposas e acabam passando por miséria e recorrendo a prostituição que se iniciava nas artes, música e dança. Como podemos ver na imagem abaixo que mostra mais uma vez o “papel” materno das mulheres greco-romanas:

 

                O preconceito acontece quando a sociedade pensa que a mulher é um ser mais frágil, acarretou ao longo dos anos um alto índice de violência contra as mesmas. De acordo com o instituto Avon/Ibope, a cada quinze segundos uma brasileira sofre sendo vitima de maus tratos e violência domestica.  Preocupados com essa realidade, foi criada uma lei (lei Maria da penha), com o intuito de impedir que os homens machuquem ou matem suas esposas.
A lei Maria da penha de número11. 340 decretada pelo congresso nacional no mandato do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, foi criada  para proteger e punir agressões contra as mulheres sendo elas  qualquer tipo de agressão  doméstica ou familiar e quando constatado a agressão o agressor pega uma pena de um á três anos de prisão. Ressaltando que a Lei Maria da penha não é contra os homens, e sim ao homem que agride.
O que mais revolta a população é que mesmo sabendo que é crime muitos brasileiros continuam praticando violência contra as mulheres, que por medo não denunciam seus agressores. O banco mundial e outros órgãos públicos fazem várias campanhas, como podemos ver na TV e em outros meios de comunicação para mudar essa realidade.


    

 Porém as mulheres não foram só “coitadas” na historia como podemos ver. As mulheres juntas conseguem seus objetivos, na peça de Aristófanes, ele faz uma critica a guerra do Peloponeso (espartanos) que guerreavam contra a liga de Delos (atenienses) e para acabar com a guerra as mulheres formaram um grupo liderado por Lisístrata que fizeram a “greve do sexo” e na peça elas conseguem por um fim a guerra e trazer paz na Grécia. O que gerou uma inspiração para Augusto Boal que fez o poema ‘Mulheres de Atenas’.

“Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas.”
(Mulheres de Atenas de Augusto Boal)

Depois da interferência da mulher no mundo Grego, de lá pra cá ela vem demonstrando seu potencial perante a sociedade e conquistando seu lugar.
Porém a mulher brasileira está perdendo seu lugar nas cadeiras do senado, sendo apenas 3,2% das candidatas femininas se elegeram na câmera. Esse número é de 3,7% menor do que no ano de 2006.
Isso ocorre, principalmente, por conta da desmotivação, que as mulheres têm, de serem eleitas. Depois de ter no cargo mais alto uma mulher, a expectativa é de uma melhora considerável na participação das mulheres na política.  
As mulheres sofreram muito por causa dessas desigualdades entre instituições sociais (escolas, igrejas, mídias etc.), e desses pensamentos de que ‘’as mulheres só serviam para serem donas de casa’’. Atualmente as mulheres vêm conquistando um grande espaço na sociedade política e econômica, no qual, registros mostram que o número de candidaturas femininas alcançou 31,7% do total de registros nas últimas eleições de 2012.

O preconceito sobre as mulheres não serem capazes de de fazer o ‘’serviço’’ de um homem, até hoje prevalece. Porém, estão mostrando cada vez mais capacidade no mercado de trabalho,sendo elas, grandes responsáveis pela sociedade politica e econômica.




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